Por um Natal, o filho
deu-lhe o disco, com um cartãozinho agarrado: «Isto é que são discos de Natal. Diverte-te».
Olhou e remirou o disco: chinês puro. Nunca ouvira falar de tal gente. Pôs o
disco a rodar e ficou encantado, amor à primeira vista, e a certeza de que
estava na presença de um belíssimo disco de Natal.
Foi colher informes e disseram-lhe que se trata de uma banda da Carolina do
Norte, que toca “música alternativa independente." Declarou a sua
ignorância e pediu que lhe fizessem um desenho e disseram-lhe que também pode
ser qualquer coisa onde surge música de fusão, jazz, dixieland. Resolveu ficar
por ali, areia de mais para a camioneta do rapaz. Mas o que importa é que se
trata de um fabuloso disco e que, cada vez que o põe a tocar para amigos da sua
idade, ficam completamente rendidos.
Sim, hoje ainda encontra as folhas secas das árvores pelo chão, mas já não consegue
encontrar o caminho para a casa do pai, onde ficaram desenhados os melhores
natais da família.
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