sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

... E OS DIAS DIMINUEM

A Academia Portuguesa de Cinema vai ter de abrir nova votação para escolher um filme candidato de Portugal ao Óscar de melhor filme estrangeiro, depois de a Academia norte-americana de cinema ter rejeitado a proposta inicial de Listen, o filme de Ana Rocha de Sousa, por este ser maioritariamente falado em língua inglesa sendo um dos critérios de elegibilidade a obrigação que pelo menos 50% do filme candidato seja falado em língua não-inglesa.

O filme  que arrecadou seis prémios no Festival de Veneza, retrata a história de um casal imigrante português em Londres, e, além dos diálogos em inglês, tem uma parte considerável de diálogos em português e em língua gestual.

A Academia portuguesa de Cinema terá de indicar outro filme. Os candidatos serão Mosquito, do realizador João Nuno Pinto, Patrick do realizador Gonçalo Waddington e Vitalina Varela, do realizador Pedro Costa .

1.

Em entrevista, a Comissária Europeia Elisa Ferreira, disse: a Comissária Europeia Elisa Ferreira

«Ao fim destes anos todos de apoio maciço de fundos estruturais, Portugal é ainda um país atrasado” que deve aplicar o dinheiro “de uma forma radicalmente diferente da reprodução do passado»

2.

Os contribuintes já perderam quase 21 mil milhões de euros a ajudar, nos últimos 12 anos, os bancos.

3.

Mais uma demissão entre os inspectores do SEF. Passam a ser 13 com processos dosciplinares.

Eduardo Cabrita continua ministro.

Até quando?

4.

A viúva de Ihor Homenyuk, o cidadão ucraniano assassinado no aeroporto de Lisboa por inspectores do SEF, pediu às televisões portuguesas, ávidas de circo mediático que lhes dê audiências, que a deixem em paz.

5.

Na Europa dos 27, Portugal, em tempos um pais de emigrantes para França, Alemanha, Brasil, Estados Unidos, é um dos que menos emprega imigrantes.

6.

Numa das suas crónicas no Expresso, José Tolentino de Mendonça diz-nos que é realmente impossível viver sem os outros e que a morte, segundo o poeta Paul  Célan, é uma flor porque floresce quando quer, mesmo fora da estação.

«Somos criaturas terrenas e seres destinados a realizar a experiência da morte. Pensar o que é a morte corresponde, deste modo, a abraçar o que a vida é», diz Tolentino Mendonça.

Sobre a morte não sabemos o que dizer, nem o que pensar

É tão estranho que entre a avalancha de saberes úteis e inúteis que acumula­mos uma vida inteira, não esteja este: aprender a morrer.

Sabemos então que pouco ou nada aprendemos sobre despedidas.

Guardo esta frase de Vitor Cunha Rego, que foi, entre outras coisas, director do Diário de Notícias:

«A pessoa preparar-se para a morte é a grande finalidade da vida.»

1 comentário:

Seve disse...

Mas sendo a realizadora portuguesa, o filme português (penso eu) porquê LISTEN, porquê não falado em português? São questões para as quais ainda não obtive resposta e que me deixaram intrigado.