mas quantos dedos para dezembro
lha de quando teatro nos mares
que notícias me deixarás ainda
no sapato apodrecido deste natal
conheces-me já e saberás quem sou
o nome dessas árvores estranhas
o cantos dos pássaros domesticados
ou das sombras de câmara de lobos
numa noite por um saber de portos
a vista das escamas dos cardumes
regressar não é só pelas cinzas
esta ilha pertence ao fim de um ano
eis o dizer do rosto de dezembro
aparte os romances eu conheço-te
no inadiável talhar das pedras
mas onde estão as tuas asas ilha
em que mistério da rua dos ilhéus
nas linhas leves de isabella de frança
ou na tempestade da rua da carreira
é possível que haja natal este dezembro
José Viale Moutinho poema retirado da antologia Natal… Natais
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