Agenda,
meu desforço,
subtil celeridade com que esqueço
os termos de ser moço
nos tempos que feneço.
De
que me vingas tu, senão
de não ser de compras e de festas
mas de ir comprando pão?
Agenda que me emprestas
mas
não me dás nem vendes,
que me vestes gravatas e coletes,
me afagas, me consolas, me defendes.
Fecho-me a sete chaves nas retretes
e
assento em ti palavras que desvivo
no rio de que rio aguadamente.
E assim me liberto se me esquivo
Habilidoso e rente.
Pedro Tamen em Tábua das Matérias
Sem comentários:
Enviar um comentário