Pra
onde te levaram?
Aqui
é que é o Sol, o orvalho, a esteva.
Aqui
é que os sobreiros e os teus versos
dizem
quem foste.
O
Céu é para os mortos.
Tua
égua lazã, tua seara,
teu
gado, tua vinha,
bem
sabiam que um vivo é que os sustinha
O
Céu é para os mortos, Lavrador!
Entre
olivais, montados, trigos novos,
ando
a lembrar-te.
Saudosamente
aperto entre os meus dedos
húmida,
negra, cheia de promessa,
terra
que amaste.
O
Céu é para os mortos, Lavrador!
-
: nesta terra fecunda é que ficaste.
Sebastião da Gama em Pelo Sonho É Que Vamos
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