Quem vive para o amor está lixado
não
tarda, que o amor é um amplo espaço
vazio
sem cor nem forma e um silêncio
tumular
por dentro. Mau, muito mau
para
se levar alguém. Mas tu vieste
e
de imediato tudo fôra já decidido
como
quando alguém nasce e olha em torno
–
pouco importa se estranha ou não a paisagem.
Tínhamos
o nosso espaço e tínhamo-nos
a
nós, um ao outro por natural companhia
era
o amor, tudo indicava. Podia-se morrer
disso.
E tínhamos o tempo todo para ver.
Rui
Caeiro em Resumo: a poesia em 2011
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