sábado, 4 de fevereiro de 2012

DA MINHA GALERIA


Quando ao visitar o Ié-Ié, do meu amigo Luís Pinheiro de Almeida, dei de caras com a capa deste disco, desculpem lá, mas ia-me dando uma coisa.

De repente vi-me mandada aí para os anos 63, ou coisa parecida, na esplanada do Marques na praia da Lurdes na Trafaria.

Uma juke box, eu, em fato de banho, a dar à perna, a beber gasosas.

A menina dança?

Cuando la tarde languidece, renacen las sombras
y en la quietud los cafetales vuelven a sentir
es la triste cancion de amor de la vieja molienda
que en el letargo de la noche parece decir. (BIS)

Una pena de amor y una tristeza
lleva el zampo Manuel en su amargura
pasa incansable la noche moliendo cafe.

Nesta altura, de lágrima ao canto do olho, não sei que dizer.

Outras canções da Juke box da esplanada do Marques: Esperanza, A Garota Solitária da Angela Maria, a Lenda da Conchinha da Celly Campello, o Kanimmbo do João Maria Tudela, sei lá que mais… um nunca mais acabar de grandes canções.

As moedas não eram muitas, não eram quase nenhumas, e ficávamos por ali à espera de uma alama caridosa que pusesse aquilo a tocar, mas por vezes, levávamos com cada estopada.
Ossos do ofício mas bons os tempos, muito bons mesmo, os tempos do quando calienta el sol.

2 comentários:

ié-ié disse...

Considera teu, o disco...

LT

aida disse...

Olha, Luís, sabes bem como sou nestas coisas: choro sempre como uma madalena.
Não calculas a alegria que me deste, nestes dias que têm sido particualrmente dificeis para mim.
Muito obrigado e um grande beijinho.