Conta-se que a velha criada de Alexandre Herculano,
quando um jornalista curioso lhe perguntou o que fazia o mestre desterrado em
Vale de lobo, respondeu: «Não faz nada. Nadinha, Passa os dias a ler e a
escrever.» Este preconceito popular de que escrever não é trabalhar encontra-se
muito disseminado e chega a contaminar atitudes supostamente mais sofisticadas.
1 comentário:
Esta visão de que escrever não é trabalho só a têm os que nunca escreveram nada com mais de 40 páginas. Quanto mais 400, 500 600...
Escrever é trabalho. E muitas vezes é trabalho duro. Isto diz respeito à escrita longa, trabalhada, disciplinada e sistematizada, não a um papel de duas páginas, escritas de modo displicente.
Ninguém se iluda a pensar que, lá porque o acto de criação escrita se faz sentado e quieto, já não é trabalho.
GA
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