sábado, 22 de agosto de 2015

POSTAIS SEM SELO


Chovia como eu quero, leve e batida pelo vento, tipo «spray». Os carros zangados uns com os outros, apertavam-se mutuamente, o que é uma mentira, eram os condutores armados de volante nas mãos, embora cautelosos, porque a
Água é perigosa. Quando chover não guie! Com os vidros embaciados como convém, com os vidros fechados para preservar o silêncio, com a rádio a dar-me Billie Hoilday integrada na programação normal. Só faltava sair o fumo do chão como sai em Manhattan, no Outono, estação primeira.

José Duarte em Jazzé e Outras Músicas

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