Nunca fez nada
para prolongar a vida: despreza dietas, odeia médicos e dá-se mal com
medicamentos.
Deixou de fumar
em solidariedade com o marido.
Restringiu o
álcool às madrugadas.
Quando acorda de
noite com um arrepiozinho de frio e parece que vai desmaiar, bebe um cálice de
Vinho do Porto.
Não quer ser
mais velha.
Falta-lhe a
vista, falta-lhe o ouvido, um dia destes não pode andar.
Vive aborrecida.
Mete-se na cama
às nove horas e olha para a parede até adormecer.
«Não vale a pena»,
conclui.
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