Regresso à
caminheta e venho a saber depois que o lugar de Assento é estrada abaixo, para
ao pé da igreja. Voltamos todos para Braga. Apontei o nome da miúda e o resto.
Almoçarada em Gualtar com o Forte e o King- Kong, o motorista, que paga tudo e
está simpatiquíssimo comigo e com o Mundo. Frango com arroz, à minhota, uma
delícia. Vinho verde, à minhota, uma delícia. Como bundaradas porque adoro
arroz de cabidela e vinho verde e minhotas: "Deolinda da Costa Rodrigues,
14 anos, no lugar de Assento, cá me ficas, mas este arroz marcha à
frente!". Bebo mais que um Arcebispo, com o Bom-Jesus em cenário. Deixo de
pensar na Morte, essa magana. Estou um tanto pesado e alegrote. Voltamos a
Braga. Cafés. Decido ficar. O Forte dá-me cinco escudos, que é quanto lhe resta.
Um bom Libertino não precisa de dinheiro. Decido ficar e fazer uma tarde de
luxúria mental em Braga, para esconjurar o cheiro a incenso e mofo de padre que
empestam estas ruas.
Luiz Pacheco em O Libertino Passeia Por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor
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