Hoje, a Leitura recaiu sobre o Diário de Mário Sacramento.
Como
também ando a reler o Vergílio Ferreira, lembro que o Vergílio Ferreira gostava
pessoalmente de Mário Sacramento, mesmo sabendo em que ideologia velejava. Essa
simpatia seria partilhada por Mário Sacramento. A tal ponto que Vergílio
Ferreira refere, no 1º volume da sua Conta-Corrente
que, numa visita que Mário Sacramento fez a sua casa, este lhe dissera que o
incumbia de, após a sua morte, promover a publicação do seu Diário.
Após
a leitura do Diário de Mário
Sacramento, Vergílio Ferreira escreve:
«Nada
diz sobre a sua ideologia. Os comunistas chamam-lhe seu. Mas a mim me disse ele
que não era comunista, embora tivesse colaborado intensamente com eles.»
Antes
de 25 de Abril, em conversas com Mário Castrim, fiquei sempre com a ideia que
Mário Sacramento era militante comunista.
Sem
entrar em grandes controvérsias, poderei adiantar que Mário Castrim estava em
melhor posição de saber da filiação partidária de Mário Sacramento do que
Vergílio Ferreira. Ambos nasceram em Ilhavo: Mário Sacramento no dia 7 de Julho
de 1920, Mário Castrim no dia 31 de Julho do mesmo ano e, sempre que vinha a
Lisboa, Mário Sacramento encontrava-se com Castrim na redacção do Diário de Lisboa.
Vergílio
Ferreira diz que os comunistas chamam-lhe seu, que Mário Sacramento nunca lhe
disse que era comunista.
Mário
Sacramento morreu a 27 de Março de 1969.
Três
dias depois, Mário Castrim publicou, no Diário
de Lisboa, esta belíssima crónica de homenagem ao camarada e amigo:
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