O
meu pai entendia que o Natal é tempo, único e exclusivo, do norte da Europa:
frio, neve, confraternizações em redor da mesa e da lareira.
Como
em tantas outras coisas, vendeu-me a ideia e gostosamente comprei.
Como
aquela de sempre dizer que não há Natal sem música de Bach.
Ainda hoje, passados tantos e tantos anos, conservo a ideia de que um dia estarei num desses Mercados de Natal que se realizam no norte da Europa a trautear White Christmas, se bem que o Hans-Martin me vá dizendo que cada vez os natais cada vez mais vão tendo dias sem neve.
Será
que vai nevar neste Natal?
Por
estes dias seria tempo de os Mercados de Natal já terem aberto, mas a terrível
pandemia colocou os mercados em risco.
Alguns dos mercados foram já cancelados,
outros aguardam por decisões do Governo e das autoridades locais sobre o seu
futuro.
«Não
consigo descrever o que estamos a passar. Não dormimos à noite, andamos muito
nervosos e tensos», relatou Karin Hantsche, que vende pão de gengibre
tradicional no mercado de Dresden há 32 anos.
Os mercados de Natal, quais contos de fadas, antes dos tempos pandémicos, atraíam cerca de 160 milhões de visitantes e geravam de 3 a 5 biliões de euros e transformavam a Alemanha num paraíso natalício.
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