5 de Abril de 1948
Creio
que não é preciso. Em todo o caso, fica aqui a declaração.
O
que eu fui sempre, o que eu sou, e o que serei, é um artista, um homem e um
revolucionário. Na medida em que sou artista, quero um mundod onde a beleza
seja o vértice da pirâmide. Na medida em que sou homem, quero que nesse mundo
os indivíduos sejam livres e conscientes. E na medida em que sou
revolucionário, quero que a revolução traga à tona as grandes massas, e que
nunca acabe de percorrer o seu caminho perpétuo, sem estratificações e sem
dogmas.
Miguel
Torga em Diário, Volume IV
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