Não
sei – alguém saberá? – que volta os homens terão de dar ao mundo para que possa
ser um lugar habitável?
Reunidos
luxuosamente em Glasgow, excelências diversas, envolveram-se, uma vez mais, num
manancial enorme de promessas.
«É
tempo de dizer basta. Estamos a cavar a nossa própria sepultura», conseguiu ouvir-se.
Rui Manuel Amaral no blogue Bicho Ruim:
«Uma semana de trabalho presencial no escritório. Os meus colegas queixam-se do trânsito. Dizem que nunca viram tantos carros na estrada. Demoram horas para percorrer três ou quatro quilómetros entre a casa e o escritório. São vegetarianos, veganos, activistas ambientais no instagram, praticam a reciclagem, fazem caminhadas organizadas no campo ao fim-de-semana, sofrem de eco-ansiedade. Quando vão a Berlim, Londres ou Marijampolė andam de metro, comboio e autocarro, e fazem selfies nas estações e paragens. Mas para eles nunca existiu transporte público no Porto. Alguns talvez já tenham ouvido falar. Para a maioria, porém, transporte público é qualquer coisa do domínio da fábula. Tão distante como um lugar de estacionamento disponível em hora de ponta.»
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