29
de Março de 1992
Houve
um tempo em que festejavam o dia dos meus anos, hoje sou eu que os festejo, se
assim se pode dizer, é como as carícias sobre o corpo, a mão de um outro vem
sempre de uma distância definitivamente perdida no eco das nossas duas mãos, e
é uma experiência diferente que nos prende a uma estranheza, e não uma festa
triste que se arredonda à nossa volta.
Eduardo Prado Coelho em Tudo O Que Não Escrevi, II Volume
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