Andou a fazer umas passeatas pelo país, tomar o pulso aos militantes, mostrou o seu cínico sorriso em jantaradas seguidas de discursatas e chegado ao remanso do lar, concluiu que vir a ocupar o cargo de primeiro-ministro do pedaço, não é tarefa fácil, apesar dos marcelistas elogios, a tentativa da imprensa de direita de lhe dar um certo apoio bem como uma artigallhada que a múmia de Boliqueime/Belém fez publicar no direitista Público, em que o governo de António Costa é desancado.
Poderá sempre dizer como um seu correleginário que talvez apareça escrito nas etrelas que um dia será primeiro ministpo do reino, mas não há qualquer certeza que ias palavras apareçam escritas.
A não ser… ah! sim, omais fiável é juntar-se aos racistas-xenófobos-do partido-esgoto-do Ventura.
E não há que hesitar!
Os trabalhos já começaram.
1.
Ricardo
Salgado fez muita coisa no BES enquanto por lá se sentou.
Mas tudo
só foi possível porque no Banco de Portugal quem também por lá andou sentado,
tudo permitiu.
Medo?
Compadrio?
Falta de
memória?
Lembro-me
quando Mário Soares o mandou vir do Brasil, para onde fugira a seguir ao 25 de
Abril, porque seria muito útil à Democracia.
Mas o que
é a Democracia?
Aquelas coisas do Soares…
2.
«Como na frase de Nani Moretti, poderia pedir-se ao Governo: «Digam qualquer coisa de esquerda!» Neste caso pedir sobretudo que façam, por favor, que façam qualquer coisa de esquerda.»
Carmo Afonso , Público
3.
«A prescrição moral não está regulada
juridicamente, está sujeita ao julgamento final. Se perante um crime, o
julgamento de direito admite a prescrição como um valor que preserva a
segurança do funcionamento jurídico, já na moral cristã não há prescrições: um
assassino será sempre um assassino; um ladrão, ladrão; um abusador será sempre
abusador. Só a confissão, o arrependimento e penitência atenuam, convocando o
perdão. Perante os casos de suspeitas e denúncias de abusos sexuais que se
acumulam, todos os meses, pendendo na jugular da Igreja Católica portuguesa
como um cutelo, uma parte das suas mais altas figuras permanece muda ou
envolvida num manto desculpabilizador absolutamente intolerável. Mais perto do
arrependimento mas ainda longe da penitência, nem sequer confessa abertamente
os seus pecados. Perante tudo o que se passou, soma aos factos uma atitude sem
perdão. A Igreja continua a defender-se com a teoria dos factos à época, como
se fossem cometidos na Idade Média.»
Miguel
Guedes no Jornal de Notícias
4.
«As pessoas nunca são tão completa e
entusiasticamente más como quando agem por convicção religiosa"»
Umberto Eco
5.
«Um sacerdote não pode continuar a ser sacerdote se for um abusador.»
Padre Francsco
6.
«A ridícula ideia de não voltara a ver-te.»
Rosa Montero
7.
«Um ministro não ganha para o que faz.»
Francisca Van Nunen, ex-ministra da Justiça
8.
O
filme O Livro de Imagem, derradeira longa-metragem de Godard — a
meu ver tão significativo para a modernidade cinematográfica como Les
Demoiselles d’Avignon (1907), de Pablo Picasso, para a pintura do
século XX — estreou-se nas salas portuguesas, com distribuição da Midas Filmes,
no dia 6 de dezembro de 2018. Segundo os dados oficiais do ICA -Instituto
do Cinema e do Audiovisual, O Livro de Imagem esteve em
exibição seis semanas, até 16 de janeiro, tendo sido visto por um total de 1343
espectadores.
A
pequenez de tal número é apenas uma variante de um fenómeno das últimas
décadas: são muito poucos os que, realmente, viram os filmes de Godard. O certo
é que, perante o clamor de exaltação e reverência suscitado pela notícia da sua
morte, dir-se-ia que, depois do lançamento de Gabriela (16 de
maio de 1977), os nossos horários nobres têm sido preenchidos apenas e só com
filmes de Godard...
Num curtíssimo filme (2 minutos) que aborda uma fotografia da guerra da Bósnia — Je Vous Salue, Sarajevo (1993) —, Godard fala da cultura como a “regra” e da arte como a “excepção”. E refere alguns “objectos” que estipulam a regra que “todos dizem”. São eles: “cigarro, computador, t-shirt, televisão, turismo, guerra”. Acrescenta que “ninguém diz a excepção”. Porquê? Porque “isso não se diz, escreve-se: Flaubert, Dostoievski; compõe-se: Gershwin, Mozart; pinta-se: Cézanne, Vermeer; filma-se: Antonioni, Vigo. Ou isso vive-se e, então, é a arte de viver: Srebrenica, Mostar, Sarajevo.” E termina citando Louis Aragon (peço desculpa pela tradução literal): “Quando for necessário fechar o livro, será sem lamentar nada. Vi tanta gente viver tão mal e tanta gente morrer tão bem.”
João Lopes em Sound + Vision
9.
Tirado do anúncio ao Livro de Imagem do Jean-Luc Godard:
«Ainda te lembras como costumávamos treinar
o nosso pensamento?
A maioria das vezes partíamos de um sonho…
Perguntávamo-nos como, na total escuridão,cores de tal intensidade podiam
emergir dentro de nós.
Numa voz suave e fraca
Dizendo coisas grandiosas,
Coisas importantes, surpreendentes, profundas e exactas.
Imagem e palavra
Como um pesadelo escrito numa noite de tempestade.
Sob os olhos do Ocidente.
Os paraísos perdidos.
A guerra está aqui…»
10.
Os Bancos
já custaram ao Estado mais de 22 mil milhões de euros desde 2008.
11.
Existem
2,3 milhões de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social, o
equivalente a 22,4% da população. Portugal passou de 13.º para 8.º na lista de
países europeus com maior risco de pobreza ou exclusão social.
12.
Em Lisboa, por dia, são recolhidos 990 toneladas de lixo.
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