«Perante o desprezo pelo direito internacional, os mandados do Tribunal Penal Internacional, as decisões do Tribunal Internacional de Justiça e o agudizar dos abusos (vale a pena ler a reportagem do “Washington Post” sobre a organização de milícias de extrema-direita que destroem ajuda humanitária aos palestinianos com a complacência das autoridades e ajuda de militares e polícias) e a pressão da opinião pública, se não é agora que se reconhece a Palestina, nunca será. Esperar que o serviço esteja terminado em Gaza é ser cúmplice do que se está a fazer em Gaza.
Ao
não acompanhar o movimento de vários Estados da União, alguns com peso
político, para retirar a Europa do isolamento moral em que se encontra,
Portugal fica, usando um termo com que embirro, do lado errado da história. Num
momento em que o líder de um Estado ocupado, com quem somos justamente
solidários, nos visita, é exibir ao mundo o rosto cínico da incoerência. Não
podemos exigir solidariedade com os ucranianos se ignoramos o sofrimento dos palestinianos.»
Daniel Oliveira no Expresso
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