Um
presidente da Assembleia da República enredado num mar de contradições. Como
diria um dos meus netos está a escorregar na maionese.
Mas...
É
importante ler o artigo que Pedro Tadeu escreve hoje no Diário de Notícias.
O «link» do artigo fica aí mas deixo alguns tópicos:
«Por exemplo: se podem ser proibidas no Parlamento
declarações racistas ou xenófobas, porque não podem ser proibidas frases que
ponham em causa a honra de um governante? Ou que acusem um país “amigo” de
cometer genocídio? Ou que defenda o pagamento de indemnizações a países
estrangeiros? Ou que acuse os banqueiros de explorarem a população? Ou que
defendam o comunismo para Portugal?...
Há uma deriva censória no poder Ocidental que atinge a
esquerda e a direita e, por isso, a defesa da liberdade de expressão, mesmo
quando beneficia um fascista, é prioritária.
E os racistas? A única solução é deixá-los falar (até
para não haver ilusões de que eles não existem) mas, ao mesmo tempo, não parar
de combatê-los - e aí Aguiar-Branco tem responsabilidades, pois podia,
evidentemente, ter criticado André Ventura pelo que ele disse.
Aguiar-Branco tem razão em defender a liberdade de
expressão dos deputados, mas também, por não o admoestar quando ele diz
desumanidades, está a ser cúmplice de André Ventura.
Deitar fora o bebé com a água do banho. É este o
perigo do debate corrente acerca dos limites da liberdade de expressão e da
promoção do racismo e da xenofobia nas instituições democráticas.»
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