O 25 de Abril Visto da História
José António
Saraiva
Vicente Jorge
Silva
Capa: José
Cândido
Livraria
Bertrand, Lisboa, Novembro de 1976
Sobre o fenómeno PS, será oportuno fazer um pequeno recuo no tempo, até
1969, quando Mário Soares e outras figuras hoje preponderantes daquele parido
concorrente às eleições para a Assembleia Nacional, pelo círculo de Lisboa,
integrados numa lista distinta da CDE, a CEUD. Enquanto a CDE representava
alguma tendências da oposição ditas mais «radicais» - PCP e católicos progressistas
incluídos - , a CEUD era a expressão típica dos democratas liberais, ainda
fiéis à herança política da I República, e que pretendia «colar» com algumas
propostas de «liberalização» avançadas por certos sectores marcelistas. A CEUD
orienta a sua campanha para a reivindicação das «liberdades», quase não
referindo a questão colonial a não ser numa perspectiva que, curiosamente,
Spínola viria a defender mais tarde (isto é em Portugal!) sobre a apolítica a
adoptar em relação às colónias. Como é conhecido a CEUD obteve apenas cerca de
um quarto dos sufrágios obtidos pela CDE; concretamente, menos de nove ,il
pessoas votaram na lista onde figurava Mário Soares.
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