Ele
tinha guardado, religiosamente, aquela garrafa de tinto de Portalegre, do tempo
em que o Mário Soares fez por ali uma presidência aberta e a Adega Cooperativa celebrou
a ocasião com uma excelente edição de tintos.
O
vinho já não lembra para que estava guardado, qualquer coisa especial, uma
qualquer celebração, que num qualquer dia pudesse acontecer, não importava o
quê.
Um
dia, almoço de amigos, a ocasião era excelente para abrir a garrafa.
Não
a encontrou. Beberam-se outros vinhos nesse almoço.
Mais
tarde, veio a saber que o filho mais velho fizera uma festa com amigos cá em
casa, e usaram a garrafa de Portalegre-presidência-aberta-de-Mário-Soares, na
sangria.
Crime
de lesa pátria.
Coisas
do Arco do Vinho.
Quem anda à chuva molha-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário