domingo, 17 de abril de 2011

PORREIRO, PÁ!


Há dias, a jornalista Ana Sá Lopes, num texto publicado no “I”, chamou a atenção para o facto de o Presidente da República, por motivos que a jornalista não vislumbra, escondeu-se em Belém.

Por mim, acho acertado que Cavaco apenas se passeie pelos corredores de Belém e não faça aparições públicas. Por norma as que faz, redundam em desastre, género cada cavadela, cada minhoca.
Como Cavaco coloca-me, sempre, à beira de um ataque de nervos, e porque hoje é domingo,  não resisto a publicar alguns excertos da crónica de Ana Sá Lopes, que pode ser lida na integra, aqui:

“Mesmo o menos patriota dos portugueses arrisca-se a andar incomodado com a sucessão de conselhos, ralhetes, chamadas de atenção acintosas, etc., que os responsáveis europeus derramam sobre Portugal desde que o governo se viu obrigado a pedir a intervenção do FMI. A coisa não é bonita de se ver. No sábado, a reprimenda de Olli Rehn, o comissário europeu responsável pelas Finanças, ao Presidente da República foi de pôr os cabelos em pé.
(…)
Com o céu a cair-nos em cima da cabeça, é deveras surpreendente o absoluto silêncio do Presidente da República.
(…)
Por razões que se desconhecem, Cavaco decidiu esconder-se em Belém enquanto o FMI "ocupava" o país.

Francisco Van Zeller (…) afirma que "o Presidente não está a trabalhar eficazmente". Mesmo sem quaisquer poderes executivos, exigia-se do Presidente que ao menos tivesse uma actuação de "consolo nacional", à imagem e semelhança dos seus poderes simbólicos. Mas nem isso.

Cavaco Silva é, desde 1985, um mestre na gestão da sua carreira política e a verdade é que isso sempre lhe correu da melhor maneira. Mas as comunicações ao país sobre escutas a Belém que não existiram, o intraduzível Estatuto Político-Administrativo dos Açores ou o não veto ao casamento gay parecem, à luz do momento presente, intervenções vindas do outro mundo.”

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