Houve um tempo em que festejavam o dia dos meus anos, hoje sou eu que
os festejo, se assim se pode dizer, é como as carícias sobre o corpo, a mão de
um outro vem sempre de uma distância definitivamente perdida no eco das nossas
duas mãos, e é uma experiência diferente que nos prende a uma estranheza, e não
uma festa triste que se arredonda à nossa volta.
Eduardo Prado Coelho em Tudo o Que Não Escrevi 2º volume, Edições Asa, Porto, Abril de 1994
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