(Olho para o fogo. A
Rosalia pergunta-me: «em que
pensas?» «Em nada» - respondo. – Em boa verdade, tento reduzir a
cinzas Pensamentos de desgosto. Alguns amigos estão presos por
terem entrado na revolução falhada de Beja.)
O Sol às vezes adormece na Lua,
outras, suicida-se nos poços,
deita-se na hulha
das noites enterradas
onde o fogo dorme o seu sono
de cama nocturna.
Mas de quando em quando
levanta-se estremunhado,
acorda nas árvores,
enlouquece no sangue das lareiras
dos tijolos de breda.
E então é dançar
atado a uma labareda.
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