Disseram-me que não precisa de mim, senhor presidente,
Assim é, pode ir para casa. Então, até amanhã, senhor presidente, Até amanhã. É
interessante como levamos todos os dias da vida a despedir-nos, dizendo e
ouvindo dizer até amanhã, e, finalmente, em um desses dias o que foi o último
para alguém, ou já não está aquele a quem o dissemos, ou já não estamos nós que
o tínhamos dito.
José Saramago em Ensaio Sobre a Lucidez, Editorial
Caminho, Lisboa Março de 2004
Legenda: não foi possível identificar a origem/autor da
fotografia.
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