A Associação José Afonso e a Casa
da Imprensa reeditam amanhã, no Coliseu de Lisboa, o I
Encontro da Canção Portuguesa que a 29 de Março de 1974 juntou nomes
como José Ary dos Santos, Fernando Tordo, Manuel Freire, Fausto, Zeca Afonso e
Adriano Correia de Oliveira. O espetáculo terá lugar a 28 de março deste ano,
no Coliseu de Lisboa.
Em 1974, mais de cinco mil pessoas assistiram ao I Encontro da Canção Portuguesa, sob forte vigilância da polícia. Grândola, Vila Morena, canção de José Afonso (incluída em Cantigas do Maio , de 1971, e interpretada pela primeira vez ao vivo em Santiago de Compostela, na Galiza) foi então entoada espontaneamente pela audiência e, posteriormente, escolhida por militares como uma das senhas de arranque da Revolução dos Cravos.
Em 1974, mais de cinco mil pessoas assistiram ao I Encontro da Canção Portuguesa, sob forte vigilância da polícia. Grândola, Vila Morena, canção de José Afonso (incluída em Cantigas do Maio , de 1971, e interpretada pela primeira vez ao vivo em Santiago de Compostela, na Galiza) foi então entoada espontaneamente pela audiência e, posteriormente, escolhida por militares como uma das senhas de arranque da Revolução dos Cravos.
Excerto da crónica-reportagem que Mário Contumélias escreveu
para o Cinéfilo nº 27 de 6-12 de Abril de 1974:
Quando, depois do Adriano
acabar de cantar, José Afonso se aproximou do microfone, as palmas rebentaram.
Venho aqui cantar uma canção GRÂNDOLA, disse Zeca.
Cerraram-se as luzes, e toda a sala, todos os 5 mil, de pé entoaram em
coro os versos da canção. Braços dados, corpos balanceando, pés batendo no
chão.
Quando o Zeca acabou, o
público ficou lá, erguido ainda, nos camarotes, na galeria, na plateia, na
geral, em todo o lado onde cabia mais um.
Sem comentários:
Enviar um comentário