Depois de um Inverno horroroso, tivemos uns breves lampejos
primaveris mas foi sol de pouca dura.
Hoje é domingo e chove lá fora.
A recordação, sempre saudosa, de Elis Regina:
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É um laço, é o anzol...
É peroba do campo
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
O nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...
É o fim da ladeira
É a viga, é o vão
Festa da Cumieira...
É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...
É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...
Uma ave no céu
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...
Uma ave no chão
É um regato, é uma fonte
É um pedaço de pão...
É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
No rosto o desgosto
É um pouco sozinho...
É um estrepe, é um
prego
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...
É uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto...
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...
É a lenha, é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama, é a lama...
É um passo é uma ponte
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
É um sapo, é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É uma cobra, é um pau
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...
É João, é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É um passo, é uma
ponte
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
É um sapo, é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...
São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...
Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pau, Pedra...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Fim do caminho...
Resto de toco...
Pouco sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Caminho...
Pouco...
Sozinho...
Pedra...
Caminho...
É um Pouco.
Caminho...
É um Pouco.
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