Na nossa demanda, o Jon tornou-se um fator de equilíbrio. Iríamos
viajar juntos por territórios um bocado selvagens. Ele tornou-se meu amigo e
aconselhou-me quando parecia que eu estava a cambalear demasiado perto do meu
abismo favorito. Antes do Jon, não conhecia ninguém que tivesse passado sequer
três minutos no consultório de um terapeuta. Cresci em redor de muitas pessoas
bastante doentes, mas que mantinham isso oculto, suscetíveis a depressões
graves e comportamentos imprevisíveis e perturbadores. Eu sabia que isso era
uma peça bastante importante da minha própria sanidade mental. Em New Jersey,
no meio em que eu vivia, a profissão de psiquiatra bem podia nem existir.
Quando me senti no fundo do poço, o Jon encaminhou-me para quem me pudesse
ajudar a recentrar-me e a alterar o curso da minha vida. Tenho uma enorme
dívida ao meu amigo, por causa desta bondade, generosidade e amor. E ele também
fez um trabalho muito bom no papel de agente. Continuamos por cá, após tantos
anos. Sempre que eu e o Jon discutimos o caminho a seguir, ele orientou-se por
duas coisas: o meu bem-estar e a ninha felicidade (e só depois vinham os
proveitos financeiros da digressão!) essas duas primeira premissas eram as respostas
que eu tanto procurava, nas já distantes névoas de Freehold. São respostas que
vêm nas formas simples e extraordinariamente complicadas da amizade e da
parentalidade. São as únicas respostas.
Bruce Springsteen em Born to Run
Legenda: Jon Landau e Bruce Springsteen
Sem comentários:
Enviar um comentário