Francisco Vale, editor da Relógio d’Água, no
seu livro Autores, Editores e Leitores, escreve:
Na década de 90, despedia-me por vezes de
colegas na Feira do Livro de Lisboa com um «até para o ano, se ainda houver
livros».
Ainda há livros, e tenho a firme convicção
que, apesar de tudo o que tem por aí aparecido, os livros sempre existirão.
Ontem, li no Diário de Notícias, que os
editores estão preocupados com o festival de comes e bebes que se vai realizar
durante a Feira do Livro.
Compreendo os editores, mas não vejo os
motivos da preocupação.
Quem vai aos livros pode pelo meio beber um
fininho, comer uma fartura ou um pratinho de caracóis.
Quem for só pelos comes e bebes – e não
estou a ver que isso aconteça… - também pode passar por um stand e trazer um
livro.
Vai-se a um jogo de futebol e também se vai
à bifana e aos couratos.
Tudo pode estar ligado, já dizia o velho.
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