segunda-feira, 9 de maio de 2022

AS FOTOGRAFIAS DO VIAJANTE

Por finais de Agosto, princípios de Setembro, andou por aí, uns dias pelas Beiras, outros pelo Algarve, mais concretamente Tavira, que é ainda a parte única respirável por aqueles lados.

Tinha fotografias e histórias para apresentar por aqui, começou-as mas deixaram de aparecer e, como a Ucrânia ainda não tinha sido invadida pela hiena asquerosa, não serve como desculpa, e não dá para saber, agora, o que se passou. A avó não teria dúvidas em determinar: preguicite aguda, é o que é!


Debaixo de um chapéu de praia, uma mulher lê um livro.

Uns chapéus adiante, um homem fala ao telemóvel.

Ele está sentado num desses chapéus de praia, e apenas olha o mar.

Tempos decorridos, a mulher arruma o livro na mala.

O homem continua a falar ao telemóvel.

Ele continua a olhar o mar.

Ouvir o mar ao perto, ver o mar ao longe.

E o saber-se que nem toda gente tem o mar em casa.

E alguma gente por aí, ainda não terá visto o mar.

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