O Mundial foi atribuído ao Catar, uma monarquia arcaica e
repressiva, através de processos de alta corrupção que já deram origem a
diversos processos judiciais.
Acresce a carta que Gianni Infantino, presidente da FIFA,
enviou às selecções que estão a disputar o campeonato um comunicado, e onde se pode ler:
«Com o Campeonato do Mundo à porta e o jogo de
abertura marcado para daqui a cerca de duas semanas, a FIFA pretende que as
seleções participantes se concentrem em assuntos do futebol e não em polémicas
relacionadas com a realização da prova no Catar.
Não deixem que o futebol seja arrastado para todas as
batalhas políticas e ideológicas que existem.
Por favor, vamos agora concentrar-nos no futebol.»
Desde que o Mundial foi atribuído ao Catar, sucederam-se
as polémicas relacionadas com direitos humanos, e várias selecções como a
Dinamarca, a Austrália, a Alemanha, Os Estados Unidos, têm mostrado vontade de
ter um papel activo na luta contra a descriminação sexual e o sofrimento dos
trabalhadores migrantes que trabalharam a baixo custo na construção dos
estádios e das infraestruturas necessárias à realização do Mundial.
Como forma de protesto contra a censura da FIFA sobre a proibição da utilização de braçadeiras a favor da luta LGBTI, ontem, os jogadores alemães, taparam a boca na habitual fotografia da formação inicial. Um protesto que desafia a FIFA que, ditatorialmente teria avisado as diversas selecções que seriam severamente punidas caso infringissem as regras de moral e decência que vigoram no Catar.
1 comentário:
A atribuição do Mundial ao Qatar aconteceu há 10 (dez) anos e nunca, durante este hiato, ouvi uma voz a levantar-se, é que nem uma -porquê só agora que o "circo" está em andamento...
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