Creio já ter escrito por aqui, que comecei por ter uma ideia base, não muito concretizada, para estes Sublinhados Saramaguianos e, que dia a dia, foram sofrendo variações várias. No avançar desses dias dei-me, de repente, como diz a professora do meu neto mais novo «a navegar na Mayonesse».
Por causa dos Sublinhados, dos Poemas,
dos Postais, neste mês de Centenário de José Saramago, não voltei a autores, a
capas que normalmente por aqui habitualmente surjem. Um desses autores é o Manuel António
Pina.
Mas hoje, mato dois coelhos com uma
cajadada:
«Um dia destes hei-de escrever das invejas e das calúnias de que este homem cordial, generoso, corajoso e bom era objecto. Agora, é só para dizer que o dia de que falo era nítido, claro, e resguardado para mim e para a minha amizade para com o Zé. E acrescentar que, entre nós, nunca houve um adeus.
Provavelmente, apenas provavelmente Saramago não veria ser-lhe atribuído o nobel da Liertuta se um tal de Sousa Lar, subsecretário da cultura sendo secretario Santana Lopes e primeiro-ministro Cavaco Silva.»
Tenho uma ideia, baseada em mero pensamento pessoal, porque nunca vi escrito, de que Saramago já teria
pensado em mudar-se para Lanzarote, uma paisagem, que terá entendido, lhe faria
muito bem às suas ideias e à sua escrita, assim como Hélia Correia, como ajuda
extra, só gostar de escrever em dias de chuva, mas aproveitou o episódio do
anedótico Sousa Lara & Cª, para deixar expresso, bem expresso, que foi por
causa disso que passou a viver em Lanzarote.
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