quinta-feira, 24 de novembro de 2022

SUBLINHADOS SARAMGUIANOS


 Creio já ter escrito por aqui, que comecei por ter uma ideia base, não muito concretizada, para estes Sublinhados Saramaguianos e, que dia a dia, foram sofrendo variações várias. No avançar desses dias dei-me, de repente, como diz a professora do meu neto mais novo «a navegar na Mayonesse».

Por causa dos Sublinhados, dos Poemas, dos Postais, neste mês de Centenário de José Saramago, não voltei a autores, a capas que normalmente por aqui habitualmente surjem. Um desses autores é o Manuel António Pina.

Mas hoje, mato dois coelhos com uma cajadada:

«Um dia destes hei-de escrever das invejas e das calúnias de que este homem cordial, generoso, corajoso e bom era objecto. Agora, é só para dizer que o dia de que falo era nítido, claro, e resguardado para mim e para a minha amizade para com o Zé. E acrescentar que, entre nós, nunca houve um adeus.

Provavelmente, apenas provavelmente Saramago não veria ser-lhe atribuído o nobel da Liertuta se um tal de Sousa Lar, subsecretário da cultura sendo secretario Santana Lopes e primeiro-ministro Cavaco Silva.»

Tenho uma ideia, baseada em mero pensamento pessoal,  porque nunca vi escrito, de que Saramago já teria pensado em mudar-se para Lanzarote, uma paisagem, que terá entendido, lhe faria muito bem às suas ideias e à sua escrita, assim como Hélia Correia, como ajuda extra, só gostar de escrever em dias de chuva, mas aproveitou o episódio do anedótico Sousa Lara & Cª, para deixar expresso, bem expresso, que foi por causa disso que passou a viver em Lanzarote. 

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