«As maiorias absolutas felizes são todas iguais, as infelizes são-no cada uma à sua maneira? Não me lembro de nenhuma maioria absoluta feliz em Portugal. Em comum, todas as maiorias absolutas têm um desprezo, que com os anos se vai tornando maior, pelo povo que os elegeu, pelo Parlamento e pela comunicação social, um contrapoder indispensável numa democracia (às vezes é preciso dizer banalidades destas em Portugal, porque a ditadura só acabou há 50 anos, um tempo minimal em História). Basta recordar o tempo do cavaquismo, os anos Sócrates e o governo da troika Passos/Portas para os exemplos abundarem. Mesmo quando não andava a “mercadejar” o cargo, Sócrates funcionava como um Luís XIV de trazer por casa e tinha na cabeça a frase “L’État c’est moi”.»
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