Alguns dos passos para se chegar ao único Nobel da
Literatura em português.
Não posso passar por
livrarias, bancas de jornais.
Nas livrarias entro logo,
nas bancas de jornais fico a olhar.
Foi assim naquela
quarta-feira de 7 de Outubro de 1998.
Numa banca de jornais em
Manteigas, os olhos saltaram para o topo da primeira página do «24
Horas», de leitura pouco recomendável, e que deixou de se publicar em
Junho de 2010.
O título dizia que os
americanos apostavam em José Saramago para o Nobel desse ano.
Assim aconteceu.
Naquela longa Conversa que manteve com João Céu e Silva,
José Saramago revelou:
«A Agustina, numa entrevista que deu disse que o em
Portugal só havia dois escritores que mereciam o Nobel: um era o Vergílio
Ferreira e o outro era ela. E também diz a certa altura: “Não, o José Saramago
não é um grande escritor. É o produto de certas circunstâncias” e por aqui se
ficou.”
Numa entrevista
à Visão, António Lobo Antunes teve este assomo de modéstia:
«Não tenho a
menor dúvida de que não há, na língua portuguesa, quem me chegue aos
calcanhares. E nada disto tem a ver com vaidade porque, como sabe, sou modesto
e humilde».
(CONTINUA)
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