Por vezes, olhava-se Jorge Jesus a dirigir a equipa do banco
e notava-se uma certa tristeza.
A maior parte dos adeptos são ingratos.
Também compreendo que aquele final da época passada custa a
digerir, mas se o presidente entendeu, e muito bem, que a continuação de Jorge
Jesus era o melhor para o Benfica, havia de aceitar a decisão.
Foi o que sempre fiz.
No domingo, toda a coragem, toda a raiva, todo o trabalho,
todo o querer tivemos a alegria de ver que tudo isso deu frutos.
Somos campeões!
Muitos daqueles que, no domingo, andaram a gritar, a dançar,
a dar vivas, são os mesmos que assobiaram, que disseram que Jorge Jesus devia
sair do comando da equipa.
As coisas são mesmo assim mas tiveram que meter a viola no
saco.
Sei do que falo porque tenho cá por casa dois eternos
anti-Jesus.
Deviam ver a cara deles e o quanto lhes custou dar o braço a
torcer.
Pela vitória, por voltar a ver alegria na cara de Jorge
Jesus, estou feliz.
Mesmo que o Benfica não ganhe mais nenhum título nesta
época, este já ninguém me tira a alegria que me proporcionou.
O campeão regressou.
Portugal precisava!
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