Apuros de um Pessimista em Fuga
Mário de Carvalho
Capa: José Serrão
Editorial Caminho, Lisboa, Março de 1999
E aí estávamos nós, a olhar unas para os outros, à conversa uns com os
outros, feitos parvos. Lêem-se papéis, passam-se papéis, ampliam-se vitórias,
minimizam-se as derrotas, iludem-se os desânimos. Há mês e tal, uns moços
oficiais do regimento das caldas da Rainha sublevaram-se à noite, saíram do
quartel à noite. A coluna foi interceptada horas depois e eles renderam-se, à
entrada de lisboa. Coisas mal feitas. O costume. Que havia a esperar? Tesão de
mijo. Era sempre assim. Onde é que eu já vi esta fita? A juvenil intentona vaia
para Lisboa, vai ficar na História como a da Sé, em 59. Uma frustração que
preenche e satisfaz as imaginações durante mais quinze ou vinte anos.
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