9 de Abril de 1974
Comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças
Armadas:
A bordo do navio «Niassa», à hora marcada para a partida, 18
horas, deflagrou um engenho explosivo num porão adaptado a dormitório de
praças. Como estas se encontravam na amurada, presenciando a partida ou
despedindo-se dos seus familiares, a explosão apenas provocou, além de estragos
materiais ainda não avaliados, conclusões ligeiras em quatro militares em
virtude da deslocação do ar.
O Niassa estava atracado no cais de Alcântara pronto a partir
com mais um contingente de tropas para as colónias
O atentado foi reivindicado pelas Brigadas Revolucionárias.
No dia 11 de Abril o Coronel Saraiva, da Censura, dava indicações para os jornais:
Niassa - Já se pode dizer que
saíu. O barco só largou às 23 horas por ter tido necessidade de fazer novas
provisões, estragadas pela explosão. Quanto ao nome dos feridos – NADA!
As tristes, dolorosas e desesperadas despedidas dos militares
na Rocha Conde de Óbidos, no Cais de Alcântara.
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