Os jornalistas
Filipe Santos Costa e Liliana Valente publicaram, há semanas, um livro sobre o
semanário O Independente desde o ano da sua fundação Maio de 1988 até à saída
de Paulo Portas, ano de 1995.
Chamaram-lhe O
Independente: A Máquina de Triturar Políticos.
O jornal, entre
1988 e 1995, dedicou 91 manchetes aos governos de Cavaco Silva.
Cavaco Silva foi
devidamente adjectivado.
São estes os
mimos:
Vaidoso, vulgar,
manipulador, demagogo, narcisista, cínico, estatista, burocrata, maníaco,
altivo, autocrata, burocrata, autoritário, despótico, carismático, egocêntrico,
justiceiro, pseudo-iluminado, bimbo, banal, curto, limitado, paroquial,
paroquial, parolo, prepotente, medrosos, sem brilho, sem dimensão, arrivista, reacionário,
obtuso, confuso, cego, surdo, esquálido, interesseiro, inepto, simplista,
oportunista, populista, mediano, salarzinho de subúrbio, imitação barata,
vingativo, tosco, arrogante, um bom hipócrita, pequeno, piroso, pusilâmine.
Claro que faltam
outros tempos do personagem Cavaco.
Tempos não
abrangidos pelo espaço pauloportiano de O Independente.
Os tempos, por
exemplo, das negociatas com o BPN.
O tempo como
presidente da república.
Que chamaria
Portas, e o seu clã, a este mais recente cavaquismo?
Segundo Paulo
Pena, jornalista do Público, o livro é um divertido e surpreendente
regresso ao passado de muitas figuras importantes da política portuguesa. E,
por essa via, uma útil explicação de alguns mistérios do presente.
Fonte: Público
de 6 de Novembro de 2015
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