27 de Novembro
de 1975
Face aos
acontecimentos, começam a movimentar-se forças que exigem a ilegalização do
Partido Comunista, bem como dos partidos da extrema esquerda.
Antes de
qualquer tentativa do começo de uma caça às bruxas, o Major Melo Antunes, numa
curta intervenção, transmitida pela RTP, exprimiu que o Partido Comunista é fundamental
para a construção do Socialismo.
A afirmação caíu
muito mal entre elementos do poder político e militar.
Nunca lhe
perdoaram!
Para se ter
ideia do que se ia passando, é imprescindível voltar ao livro de José GomesMota:
A revolta agonizava às mãos do Grupo Militar do
Movimento que com eficiência e um patriotismo notáveis conduzia todas as
operações militares.
Desejo, muito vivamente, realçar o sentido patriótico
de actuação do Grupo Militar, que não cedendo a quaisquer tentações de
exibicionismo sufocou a revolta sem matar a revolução!
É que se o Grupo Militar se tem deixado arrastar para
as retaliações que tantos lhe sugeriam, teria sido impossível evitar a
violência de determinados confrontos, inevitavelmente o rastilho para quaisquer
acções de terrorismo.
Nota oficiosa do
Estado-Maior das Forças Armadas:
São enviadas
para a Prisão de Custóias, alguma dezenas de militares detidos por participação
na tentativa de golpe.
Entre eles estão
o major Dinis de Almeida, o capitão faria Paulino, o capitão-tenente Marques
Pinto.
Os generais
Carlos Fabião. Chefe do Estado-Maior do Exército, e Otelo Saraiva de Carvalho,
comandante da Região Militar de Lisboa e do COPCON, apresentaram pedidos de
demissão dos cargos que desempenhavam, que foram aceites.
O cargo de Chefe
de Estado-Maior do Exército passa a ser desempenhado, interinamente, pelo
Tenente-Coronel Ramalho Eanes, enquanto o cargo de comandante da Região Militar
de Lisboa é desempenhado por Vasco Lourenço.
O COPCON é
integrado no EMGFA
Os pára-quedistas de
Tancos são passados à disponibilidade.
Fontes:
- Acervo pessoal.
Fontes:
- Acervo pessoal.
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