19 de Novembro
de 1975
Com uma calma
palaciana, adquirida em 48 anos de ditadura, a direita e a extrema-direita vão
avançando.
Sucedem-se as
notícias da intenção de golpes provocados por militares reaccionários, com o
apoio do ELP &Cª Lda.
Vasco Lourenço,
Melo Antunes, outros militares afectos ao Grupo dos Nove, apercebem-se da
situação e tentam uma unidade militar que permita uma clarificação da situação
política e a defesa do espírito de Abril, uma tarefa que se afigura bem
difícil.
Realizam-se
várias reuniões, mas são dúbios os comportamentos de alguns dos militares
afectos ao Grupo dos Nove.
Por um lado
tenta-se a unidade, mas por outro o espírito unitário é lançado borda fora.
Considerando que
Otelo Saraiva de Carvalho tem demasiados afazeres, o Conselho de Revolução, com
o apoio de Otelo, designa Vasco Lourenço para governador militar de Lisboa.
Mas os comandantes
das unidades da Região Militar de Lisboa, em reunião realizada no Forte do Alto
do Duque, aprovaram, por maioria, a rejeição do nome de Vasco Lourenço.
NA SUA PRIMEIRA
PÁGINA, A Luta, publica um comunicado das brigadas de vigilância revolucionária
das Forças Armadas que denunciam «manobras na Força Aérea desencadeadas por
militares identificados com o PCP e a FUR». São referidos os capitães Faria, Sobral
Costa, os majores Costa Martins, Manaças, Ventura, Arlindo Ferreira e o Tenente
-Coronel Lince.
NO DIÁRIO DE
NOTÍCIAS, Duran Clemente escreve que agora, mais do que nunca, a esquerda tem
de se organizar e apela à união:
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira.
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