quinta-feira, 19 de novembro de 2015

OS IDOS DE NOVEMBRO DE 1975


19 de Novembro de 1975

Com uma calma palaciana, adquirida em 48 anos de ditadura, a direita e a extrema-direita vão avançando.
Sucedem-se as notícias da intenção de golpes provocados por militares reaccionários, com o apoio do ELP &Cª Lda.
Vasco Lourenço, Melo Antunes, outros militares afectos ao Grupo dos Nove, apercebem-se da situação e tentam uma unidade militar que permita uma clarificação da situação política e a defesa do espírito de Abril, uma tarefa que se afigura bem difícil.
Realizam-se várias reuniões, mas são dúbios os comportamentos de alguns dos militares afectos ao Grupo dos Nove.
Por um lado tenta-se a unidade, mas por outro o espírito unitário é lançado borda fora.
Considerando que Otelo Saraiva de Carvalho tem demasiados afazeres, o Conselho de Revolução, com o apoio de Otelo, designa Vasco Lourenço para governador militar de Lisboa.
Mas os comandantes das unidades da Região Militar de Lisboa, em reunião realizada no Forte do Alto do Duque, aprovaram, por maioria, a rejeição do nome de Vasco Lourenço.

NA SUA PRIMEIRA PÁGINA, A Luta, publica um comunicado das brigadas de vigilância revolucionária das Forças Armadas que denunciam «manobras na Força Aérea desencadeadas por militares identificados com o PCP e a FUR». São referidos os capitães Faria, Sobral Costa, os majores Costa Martins, Manaças, Ventura, Arlindo Ferreira e o Tenente -Coronel Lince.

NO DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Duran Clemente escreve que agora, mais do que nunca, a esquerda tem de se organizar e apela à união:


Fontes:
- Acervo pessoal;
Os Dias Loucos do PREC de Adelino Gomes e José Pedro Castanheira.

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