Voltamos àquele lado da estante em que estão certos livros que não têm lugar, por motivos vários, na parte nobre da Biblioteca da Casa. Não deixam de ter a sua utilidade, note-se.
Um
velhinho folheto, editado pela Livraria Civilização do Porto, trazido do
Fausto Alfarrabista na Angelina Vidal, como oferta, por outros livros que se
compraram.
Da
autoria de Aguilar Lozano este Compotas
de Frutas, Geleias e Marmeladas, lembra-nos que, sempre, o que é doce
nunca amargou.
Este
útil livrinho, para uso das famílias e
para a indústria, oferece-nos receitas e conselhos úteis:
«Todos
sabem que as marmeladas, geleias e compotas se preparam com açúcar, mas o que
nem todos muitas vezes sabem é o tempo de cozedura e a quantidade de açúcar
precisos para a boa execução destes doces.
As
frutas devem ficar bem cozidas, sem serem, no entanto, espapaçadas. De resto,
cozendo demasiadamente os frutos, estes perdem a delicadeza do sabor que lhes é
próprio e o doce adquire uma cor que não desperta o paladar.»
Há
doces do arco-da-velha, que hoje, quase, já, não se fazem, mas mostram-se verdadeiramente
tentadores.
Ficam
dois exemplos:
SOPA
DE MORANGOS
Quantidades:
500 gramas de morangos, litro e meio de água, 100 gramas de açúcar e alguns biscoitos.
Lavam-se
muito bem os morangos, tiram-se-lhes os pés, fazem-se ferver durante dez
minutos com a água e o açúcar, deitam-se imediatamente sobre os biscoitos e
servem-se.
CEREJAS
EM AGUARDENTE
Porções:
1 quilo de cerejas, 100 gramas de açúcar cristalizado e 1 litro de aguardente a
45º.
Boas
cerejas e não muito maduras, às quais de cortam os pés, deixando-os apenas com
o comprimento de um centímetro. Lavam-se bem, enxugam-se e arrumam-se dento de
vidro com boca larga, alternando o açúcar com as cerejas. Deita-se a aguardente,
tapa-se e deixa-se macerar dois meses pelo menos.
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