Martina Batic é uma eslovena, maestrina do Coro da Gulbenkian, que celebra, agora, 60 anos.
Martina Batic
substitui Michel Corboz, falecido em 2021 e que dirigiu o Coro durante 50 anos.
Martina deu uma
entrevista, conduzida pelo crítico Ricardo da Rocha, ao ípsilon do Público de 24 de Maio.
Sim, sou um leitor
atrasado de jornais, vício que transporto há longos anos.
«Dirigir um concerto
não é impor uma liderança, mas ser alguém de confiança.»
«Quando não está
ocupada a preparar novo repertório, Martina Batic gosta de passear a sua
“estrela prateada”, um Mercedes Benz, por Liubliana, Eslovénia. Nas colunas, a
vertigem da voz de Tina Turner ou uma qualquer banda rock dos anos 80. O sonho
de ser maestrina chegou-lhe na ressaca de um réveillon, ainda criança,
quando viu Riccardo Muti dirigir a Orquestra Filarmónica de Viena, nos
obrigatórios concertos de Ano Novo transmitidos pela televisão.»
A parte interessante que aqui trago, é quando diz que o nosso país a impressionou muito, nada de extraordinário, extraordinário é este acrescento:
«Aterrar no meio da cidade… a vista lá de cima. E devo dizer também que cheira
tão bem! Há qualquer coisa no ar, não sei se é o mar, o sol, as flores.»
Dizem os actuais
governantes que é possível, talvez em 30 anos, ter o novo Aeroporto Luís de Camões,
em Alcochete, construído.
Mas a propósito do que Martina diz, recorto do Público de 25 de Junho:
«Quem mora junto ao aeroporto tem maior risco de
diabetes, demência e hipertensão
Quem vive num raio de cinco quilómetros de distância do aeroporto de Lisboa, ou
seja, cerca de meio milhão de pessoas, tem um risco maior de sofrer de doenças
como hipertensão, diabetes ou demência, devido à exposição à poluição de
partículas ultrafinas emitida pelos aviões, segundo um estudo internacional
divulgado nesta terça-feira pela associação ambientalista Zero.
Quem mora junto ao aeroporto tem maior risco de diabetes, demência e
hipertensão
A queima do combustível das aeronaves liberta minúsculas partículas de
diferentes tamanhos, incluindo partículas ultrafinas, com menos de 100
micrómetros, que são cerca de mil vezes mais pequenas que um fio de cabelo.»
Ficamos assim entre a poesia de aterrar no meio duma cidade e o mal que isso traz à sua dos habitantes que vivem do aeroporto.
Legenda: o Coro da Gulbenkian.
2 comentários:
Que pena o recorte estar ilegível (às vezes acontecem-nos estes imponderáveis)
Muito obrigado, caríssimo Seve, pelo reparo.
Tudo estava certo mas...
Não acredito em santos, em deuses. em anjos, em bruxas, em mim próprio... mas que gostaria de saber como estes imponderáveis acontecem!...
Abraço
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