Esta é a 1ª página do
Diário de Notícias de hoje.
A partir de amanhã, a
edição em papel só sairá aos domingos.
Nos restantes dias
terá uma edição digital.
Dizem que é um passo em direcção ao futuro, um futuro
mais firme.
Na quinta-feira, na «Quadratura do Círculo» , José Pacheco
Pereira disse: o Diário de Notícias
acabou!
Ferreira Fernandes não está nada de acordo e, hoje, num texto bem esgalhado, explica a Pacheco
Pereira o tal futuro mais firme.
Não serei tão
taxativo como Pacheco Pereira, mas, face a esta mudança, também tenho as minhas dúvidas.
O meu avô paterno,
republicano histórico, odiava o Diário de
Notícias, como então se dizia, o jornal das sopeiras e só lia O Século.
Segui-lhe as pisadas
e, também, muito raramente passei as mãos pelas suas páginas.
O Diário de Notícias apenas foi o meu jornal
enquanto os nomes de Luís Barros e José Saramago estiveram no cabeçalho do
jornal.
De Abril a Novembro de 1975: os dias dos dias.
Como escreveu José Saramago no prefácio a Os Apontamentos:
Como escreveu José Saramago no prefácio a Os Apontamentos:
«É esse o tempo em que os trabalhadores do Diário de Notícias, na sua
grande maioria activa e participante, avançam para a realização de um objectivo
que naquela casa, até aí, havria de ter parecido impossível, mesmo em horas de
fantasia louca: pôr o jornal ao serviço das classes trabalhadoras, ao serviço
do proletariado industrial e agrícola, ao serviço do socialismo, para tudo
dizer em uma palavra»
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