Sábado à Tarde
Perdia meia hora,
Parado em frente ao espelho,
Mudava de camisa
Mudava de camisa
Vestia-me outra vez.
Fechava a porta à chave
Fechava a porta à chave
Acendia um cigarro.
E ensaiando os gestos
E ensaiando os gestos
Passava já das 3,
Vestia o meu casaco, corria sem parar
E à porta do cinema, morria de pensar,
Que talvez não viesses,
Não pudesses entrar
Num filme para adultos...até te ver chegar.
Perdia meia hora, num gesto do meu braço
A procurar coragem
Para que fosse abraço.
Chegava o intervalo
Vestia o meu casaco, corria sem parar
E à porta do cinema, morria de pensar,
Que talvez não viesses,
Não pudesses entrar
Num filme para adultos...até te ver chegar.
Perdia meia hora, num gesto do meu braço
A procurar coragem
Para que fosse abraço.
Chegava o intervalo
Fumava sem prazer
E os gestos que ensaiara, morriam ao nascer
Por fim vencia o medo, quase sem te ver,
Esquecia os meus dedos
E os gestos que ensaiara, morriam ao nascer
Por fim vencia o medo, quase sem te ver,
Esquecia os meus dedos
Cansados de tremer
Por sobre o teu joelho
Esperando a tua mão
Num filme para adultos
Crescíamos então (um beijo de paixão).
Sábado à tarde no cinema da avenida,
Por sobre o teu joelho
Esperando a tua mão
Num filme para adultos
Crescíamos então (um beijo de paixão).
Sábado à tarde no cinema da avenida,
Mal as luzes se apagavam
Acendia o coração
Sábado à tarde
Acendia o coração
Sábado à tarde
Era uma noite bonita
Noite que sendo infinita
Cabia na nossa mão
Noite que sendo infinita
Cabia na nossa mão
Paulo de Carvalho do
álbum Cantar de Amigos
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