Damos um passo na cidade e logo
nos espantamos de ainda estarmos vivos.
Para quê e porquê? perguntamos excitados.
As horas e o dinheiro nos respondem
e é então que descobrimos o mistério
de não podermos andar com os bolsos cheios
de flores de pássaros e pão
a despejá-los sem medo de ofender
pelos homens e mulheres silenciosos
regressando do trabalho pelas ruas.
Eduardo Valente
da Fonseca em 71 Poemas
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