Feira do Livro.
Abriu pavilhões a 25
de Maio e fecha-os a 13 de Junho.
Em Lisboa, no Parque
Eduardo VII, com jacarandás à vista.
Este ano a Feira
conta com 294 pavilhões, mais oito pavilhões que no ano passado.
Apenas a Porto
Editora, que o edita, assinalará, com pavilhão próprio, os 20 anos que em
Outubro passam sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
A APEL assobiou para
o lado.
Como para o lado
assobia no que se refere aos voluntários que fazem trabalho nos dias da Feira.
Um larguíssimo grupo
de escritores, em abaixo-assinado, denuncia o abuso que é sistematicamente
feito com esses trabalhadores:
«Nós, os
abaixo-assinados, estamos contra o recrutamento de "voluntários" para
trabalhar na Feira do Livro de Lisboa, feito pela Associação Portuguesa de
Editores e Livreiros (APEL).
A APEL recebe das editoras muitos milhares de euros pela presença na feira, além das quotas e de outras subvenções. A APEL tem dinheiro, ou devia ter, para remunerar quem recruta durante a feira.
Para aliciar estes "voluntários", a APEL invoca o contacto com livros e autores. Estar em contacto com livros e autores não é remuneração de ninguém. Aqueles de entre nós que contribuem para que os livros sejam feitos e circulem recusam-se a ser usados como isco.
É bom poder dar tempo e trabalho a quem entendermos, e deles precisa. Não é o caso da APEL. Este abuso sistemático tem de acabar já na feira de 2018. Quem foi recrutado deve ser remunerado.»
A APEL recebe das editoras muitos milhares de euros pela presença na feira, além das quotas e de outras subvenções. A APEL tem dinheiro, ou devia ter, para remunerar quem recruta durante a feira.
Para aliciar estes "voluntários", a APEL invoca o contacto com livros e autores. Estar em contacto com livros e autores não é remuneração de ninguém. Aqueles de entre nós que contribuem para que os livros sejam feitos e circulem recusam-se a ser usados como isco.
É bom poder dar tempo e trabalho a quem entendermos, e deles precisa. Não é o caso da APEL. Este abuso sistemático tem de acabar já na feira de 2018. Quem foi recrutado deve ser remunerado.»
Não lembro uma Feira
em que a chuva não faça a sua aparição, e nesta ranhosa Primavera que este ano
nos calhou em sorte, não tem falhado.
Mas que isso não seja
impedimento para ir ao encontro dos livros, das gentes, das farturas, dos
fininhos, das bifanas, dos caracóis… dos jacarandás.
A Feira do livro é
uma festa.
Enquanto dedilho este
palavreado lembro, quando as pernas eram mais ágeis, que não havia dia que não
passava por lá em busca dos «Livros do Dia».
Hoje, graças à
internet, sabe-se quais são os Livros do Dia que cada editora disponibiliza.
Dizia o Baptista-Bastos:
«há coisas na vida de que um homem se
arrepende; porém, há uma coisa de que nunca se arrependerá de ter lido livros.»
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