A mala que segue viagem
Assim como o avião
Têm a grande vantagem
De não terrem coração.
Só formas amplas – metais
De uma brancura de praia!
Dentro, vão sonhos a mais.
É bom que a mala não caia.
Mala do sonho, vais bem
Assim deitada de lado?
Chega-te a roupa que tens
Ou chamamos o criado?
Ou chamamos o fantasma
Da queda livre no espaço,
Verga do pássaro de aço
Onde a poesia se espasma
Mário Cesariny em Burlescas, Teóricas e Sentimentais
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