A avó dizia que
velhos só os trapos.
De Van Morrison, um
rapaz da minha idade, se terá de dizer que quanto mais velho melhor. Assim como
se diz do Vinho do Porto.
Um concerto
memorável.
Gosto de tipos mal
dispostos, que dão para um concerto apenas fazer o que sabem, não ligando puto
ao público. Somente uns simulacros de uns «thamk yous», no more.
Aliás, é ideia minha
que a maior parte daquela gente que apareceu no concerto, do concerto em si
pouco se importaram. Uma hora depois do concerto começar ainda estava a entrar
gente que entendeu que era melhor acabar o jantar, ficar a larachar e aparecer
só para mostrar as indumentárias e distribuir kisses e olás, coisa de
tias-finas-flores-de-Cascais.
Em final de
espectáculo, Morrison retira-se de palco e deixa a banda – brilhantes
executantes! – a improvisar largamente num final empolgante.
Van Morrison não mais
foi visto.
Coisas só alcance dos
génios.
Deixo por aqui uma
das canções da noite, «Sometimes we Cry), apenas a voz de Morrison, mas no
espectáculo constituíu um brilhante dueto com a negra Dona Masters, uma das
duas moças dos coros.
Simplesmente
brilhante!
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