domingo, 29 de julho de 2018

O FEITIÇO PASSA SEMPRE POR VAN MORRISON


A avó dizia que velhos só os trapos.
De Van Morrison, um rapaz da minha idade, se terá de dizer que quanto mais velho melhor. Assim como se diz do Vinho do Porto.
Um concerto memorável.
Gosto de tipos mal dispostos, que dão para um concerto apenas fazer o que sabem, não ligando puto ao público. Somente uns simulacros de uns «thamk yous», no more.
Aliás, é ideia minha que a maior parte daquela gente que apareceu no concerto, do concerto em si pouco se importaram. Uma hora depois do concerto começar ainda estava a entrar gente que entendeu que era melhor acabar o jantar, ficar a larachar e aparecer só para mostrar as indumentárias e distribuir kisses e olás, coisa de tias-finas-flores-de-Cascais.
Em final de espectáculo, Morrison retira-se de palco e deixa a banda – brilhantes executantes! – a improvisar largamente num final empolgante.
Van Morrison não mais foi visto.
Coisas só alcance dos génios.
Deixo por aqui uma das canções da noite, «Sometimes we Cry), apenas a voz de Morrison, mas no espectáculo constituíu um brilhante dueto com a negra Dona Masters, uma das duas moças dos coros.
Simplesmente brilhante!

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