Filopópolus
Virgílio Martinho
Capa: Mário Henrique
Leiria
Colecção Teatro Vivo
nº 2
Plátano Editora, Novembro de 1973
Sou a alma de Polónio, o jornalista. Como sabem o meu corpo foi morto
pelo veneno de Alice das Maravilhas. Mas não quero mal à cortesã, sei que o
amor é tão cego que nem poupa o objecto amado. Em contrapartida, agora que não
passo dum véu, que não como, não bebo, nem tenho ambições, resolvi matar
Filopópolus por idealismo. Considero-o um cancro que tudo corrói com as suas
matreirices de pequeno ladrão. Engana a pobre Mercedes, engana os cúmplices,
engana vossas excelências. Tem de ser castigado! E como há sempre lugar para
sermos bons e úteis à Humanidade, aqui estou eu…
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