segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

OLHAR AS CAPAS


Filopópolus

Virgílio Martinho

Capa: Mário Henrique Leiria

Colecção Teatro Vivo nº 2

Plátano Editora, Novembro de 1973

Sou a alma de Polónio, o jornalista. Como sabem o meu corpo foi morto pelo veneno de Alice das Maravilhas. Mas não quero mal à cortesã, sei que o amor é tão cego que nem poupa o objecto amado. Em contrapartida, agora que não passo dum véu, que não como, não bebo, nem tenho ambições, resolvi matar Filopópolus por idealismo. Considero-o um cancro que tudo corrói com as suas matreirices de pequeno ladrão. Engana a pobre Mercedes, engana os cúmplices, engana vossas excelências. Tem de ser castigado! E como há sempre lugar para sermos bons e úteis à Humanidade, aqui estou eu…

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