Morreu CarmenDolores.
A beleza de uma
mulher, a excelência de uma actriz.
Carmen Dolores, juntamente
com Fernando Gusmão, Armando Cortez, Rogério Paulo e Armando Caldas, criaram o
Teatro Moderno de Lisboa, um projecto que visava ser uma reacção contra as
características puramente comerciais do teatro que então se representava no
nosso país e constituiu um dos mais inovadores, estimulantes e importantes
projectos teatrais, responsável pela formação de um novo público e de um novo
gosto teatral, em tempos muito difíceis.
O Teatro Moderno de Lisboa estreou em 13 de Novembro de 1961, com a peça de
Carlos Muñiz “O Tinteiro”, encenação de Rogério Paulo, peça que em Abril de
1962 representou Portugal no Festival Internacional de Le Theatre de Lutece em
Paris.
Dados os compromissos da exploração do Cinema Império, ao Teatro Moderno de
Lisboa, apenas foi possível reservar uma sessão à tarde, pelas 18,30 horas, às
segundas, terças, quintas e sextas e uma sessão de manhã, aos domingos.
No dia da morte de
Carmen Dolores, recorda-se um seu Postal Sem Vista: sua afirmação, colocada num Postal Sem Vista:
Os meus mortos não vivem em mim como mortos, mas como
aquilo que foram em vida. Esta é uma maneira saudável de estar com eles e de
falar deles, enquanto não os volto a encontrar.
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